10 ago Como elaborar um orçamento?
O orçamento pessoal (ou familiar) deve ser iniciado a partir do registro de tudo que você (ou sua família) ganha e o que gasta durante um período, em geral um mês ou um ano. Para simplificar a linguagem, vamos tratar do orçamento pessoal, mas tudo que falarmos daqui em diante também vale para o orçamento familiar.
Na elaboração do orçamento é necessário organizar e planejar suas despesas, com o objetivo de gastar bem seu dinheiro, suprir suas necessidades e ainda realizar sonhos e atingir metas, de acordo com as prioridades definidas.
Existe mais de uma maneira de elaborar um orçamento. Vamos sugerir um método que tem quatro etapas: planejamento, registro, agrupamento e avaliação. Neste post, falaremos da primeira etapa.
1ª ETAPA: PLANEJAMENTO
Consiste em estimar as receitas e as despesas do período. Para isso, você pode utilizar sua rotina passada, elencando as receitas e as despesas passadas e usando-as como base para prever as receitas e despesas futuras.
Uma ação importante é diferenciar “receitas e despesas fixas” das “receitas e despesas variáveis”. Entenda as diferenças:
Receitas fixas – São receitas que não variam ou variam muito pouco, como o valor do salário, da aposentadoria ou de rendimentos de aluguel.
Receitas variáveis – São aquelas cujos valores variam de um mês para o outro, como os ganhos de comissões por vendas ou os ganhos com aulas particulares.
Despesas fixas – São despesas que não variam ou variam muito pouco, como o aluguel, a prestação de um financiamento etc.
Despesas variáveis – São aquelas cujos valores variam de um mês para o outro, como a conta de luz ou de água, que variam conforme o consumo.
- Lembre-se dos compromissos sazonais: impostos, seguros, matrículas escolares etc.
- Lembre-se dos compromissos já assumidos: cheques pré-datados ou ainda não compensados, prestações a vencer, faturas de cartões de crédito etc.
- Utilize informações passadas de conta de luz, água, telefone etc.
2ª ETAPA: REGISTRO
É necessário anotar, de preferência diariamente, para evitar esquecimentos, todas as receitas e despesas. Algumas sugestões.
• Anote todos os gastos. Pode ser em uma caderneta, em uma agenda, no celular, no computador etc.
• Confira os extratos bancários e as faturas de cartões de crédito;
• Guarde as notas fiscais e os recibos de pagamento;
• Guarde os comprovantes de utilização de cartões (débito/crédito);
• Diferencie as várias formas de pagamentos e desembolsos, separando-as em dinheiro, débito e crédito.
3ª ETAPA: AGRUPAMENTO
Com o tempo, as anotações serão muitas. Para que você as entenda melhor, agrupe-as em categorias. Por exemplo: despesas com alimentação, com habitação, com transporte, com lazer etc.
O agrupamento facilita a verificação da parcela da sua renda que é gasta em cada grupo de itens, além de auxiliar com os ajustes ou cortes que sejam necessários.
4ª ETAPA: AVALIAÇÃO
Analise como suas finanças se comportaram ao longo do mês e aja, corretiva e preventivamente, para que seu salário e sua renda proporcionem o máximo de benefícios, conforto e qualidade de vida para você. Portanto, sugerimos as seguintes reflexões:
• O balanço de seu orçamento foi superavitário, neutro ou deficitário? Ou seja, você gastou menos, o mesmo ou mais do que recebeu?
• Quais são seus sonhos e suas metas financeiras? Precisam de curto, médio ou longo prazo? São compatíveis com o seu orçamento? Você tem separado recursos financeiros para realizá-los?
• É possível reduzir gastos desnecessários? Observe os pequenos gastos, pois a soma de muitos “poucos” pode ser bem relevante.
• É possível aumentar as receitas?
O próximo conteúdo vai abordar a GESTÃO ORÇAMENTÁRIA. Continue acompanhando!
Fonte: Banco Central do Brasil
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