Educação e fiscalização, nossas armas contra o trabalho infantil

Dados do IBGE apontavam, em 2019, que 1,8 milhão de crianças e adolescentes estavam em situação de trabalho infantil, o que representava 4,6% das pessoas entre 5 a 17 anos no Brasil. Desse total, 66,1% são pretos ou pardos. A pesquisa também confirmou que o trabalho infantil acentua a evasão escolar: 13,9% dos trabalhadores mirins não frequentam a escola, contra um índice de 3,4% entre aqueles que não trabalham.

Não há dados mais recentes, mas pode-se afirmar que a pandemia agravou esse quadro, já que trouxe mais desemprego e empobrecimento da população, além da necessidade de fechamento temporário das escolas.

Os dois caminhos para mudar esta realidade são:

• A oferta de educação de qualidade como principal instrumento de superação do ciclo intergeracional de pobreza;

• A fiscalização adequada e eficiente dos órgãos de assistência social para combate do trabalho infantil e proteção das vítimas. Para isso, o canal Disque 100 é fundamental para denúncias de forma ágil e anônima.

Precisamos desfazer o mito de que o trabalho infantil é bom para o futuro e dignifica o caráter. Devemos reconhecer os prejuízos causados a curto e longo prazo na formação daqueles cuja única obrigação é ser livre, brincar e se divertir sem as pressões inerentes ao mundo do trabalho. Vamos fortalecer essa corrente!

12 de junho, Dia Nacional e Mundial de Combate ao Trabalho Infantil.